Por todo este ano, Plutão estará em oposição ao Sol Negro. Devemos estar atentos. O Sol Negro diz respeito ao afélio heliocêntrico da Terra, ou seja, o ponto da órbita terrestre mais afastado do Sol. Ele fala da oportunidade de encararmos os aspectos sombrios da natureza humana com tanta coragem, bravura e honestidade, que possamos atravessar suas chamas e emergir inteiros na luz, não mais necessitados de defesas nem da negação que frequentemente mantêm esses aspectos da nossa natureza na escuridão da inconsciência. Assim, o Sol Negro nos oferece uma escolha entre acolhermos tudo o que somos e prosperarmos, ou sermos consumidos por aquilo que gostaríamos de não ser e nos anularmos numa meia-vida de fuga, projeção e autofrustração.
Plutão nós já conhecemos – aquela força de destruição e transformação, temida mas respeitada, tão falada nos últimos anos devido à sua atual quadratura com Urano. Plutão exige de nós total honestidade, uma exigência que raramente conseguimos satisfazer, graças à nossa natureza humana! E exige tamanha autenticidade, que tudo que se encontre entre nós mesmos e a expressão da nossa verdadeira natureza é abolido quando chega a hora… quer gostemos ou não. Geralmente não gostamos, mas, no devido tempo, acabamos descobrindo que nos sentimos muito mais livres com isso. Algumas vezes lutamos contra o poder de Plutão, como se nossas vidas dependessem disso. Entretanto, mais tarde percebemos que realmente estávamos certos, mas não do jeito que pensávamos. Pois Plutão enxerga claramente os aspectos em que estamos mortos e procura nos trazer de volta à vida. Por outro lado, muitas vezes achamos que estamos vivos quando estamos mortos e acreditamos que o poder doador de vida de Plutão é a própria morte, tal é a disparidade entre a nossa noção do que significa viver e a dessa poderosa presença cósmica.
Aqui vocês podem notar semelhanças entre o poder de Plutão e a oportunidade oferecida pelo Sol Negro. Eles fazem uma parceria formidável! E, neste ano, quando eles se alinham a 180 graus um com o outro, somos abençoados com a oportunidade mais incrível de fazermos o trabalho mais profundo em nós mesmos, olhando para nossos pontos mais escuros, nossas dores mais intensas, e atravessarmos tudo isso triunfantes, emergindo inteiros e resplandecentes do outro lado, na plenitude de tudo o que somos. Temos agora os aliados mais poderosos nesta parte da jornada. Nunca tivemos uma oportunidade tão poderosa de transformar esses baluartes do ego e da dor, que nos refreiam e nos impedem de dar nascimento à Era Aquariana.
Mas isto é trabalho, não um truque mágico; exige comprometimento e coragem. Aqueles problemas, sentimentos, lembranças, medos vivem na escuridão do nosso inconsciente por uma razão. Nós os colocamos lá porque não queríamos que fossem uma parte de nós. Entretanto, eles estão lá, e enquanto não conseguirmos trazê-los à luz abrasadora do Sol Negro, encará-los e assumi-los, não seremos inteiros. E, se isto não for suficiente, é bom sabermos que a Era de Aquário precisa de nós inteiros, porque há muito trabalho a ser feito para darmos à luz o ideal aquariano neste planeta, e ele não pode vir à luz com metade das pessoas vivendo nas sombras.
Então este é o alerta inicial. Há muito mais que virá em seu devido tempo e escreverei a respeito desse processo nas próximas semanas. Minhas atualizações têm sido escassas ultimamente (sinto muito!), enquanto tenho trabalhado com esta energia e processado suas mensagens para nós. Quero deixá-las bem claras para que possamos lidar com elas! Parecem gigantescas, e sei que o gigantesco pode parecer amedrontador… monstros das sombras levantando-se da escuridão. Mas o gigantesco também pode ser totalmente acolhedor, tão inclusivo que nenhuma parte de nós possa mais ficar exilada. E é este “gigantesco” que nós, juntos, podemos trazer à existência. Será necessário coragem, comprometimento e bravura, e precisaremos criar um ambiente de amor, aceitação, compaixão e rigorosa honestidade, através do qual possamos enxergar uns aos outros.
A escuridão do Sol Negro é o preto mais preto que vocês podem imaginar. É o pano de fundo que possibilita que a luz mais iluminadora brilhe, pois sem a escuridão, nunca conheceríamos o seu oposto. Ao olharmos para o Sol Negro, ele nos diz que não há nada a temer além do próprio medo. Este é um velho adágio, mas é verdadeiro! Uma vez que consigamos encarar nossos medos mais profundos e saber quem e o que eles realmente são, seremos livres para sempre, desfrutando a graciosa luz de uma era na qual o medo não pode mais dar as cartas, e onde nunca mais seremos divididos… nem interna e nem externamente.
Com amor.
Sarah Varcas
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