Que saudade do meu rincão,
no rio lá em suas margens,
onde eu me assentava,
meu olhar se perdia,
na imensidão daquelas paragens.
Que saudade do meu rincão,
mal o dia amanhecia,
o canto da passarada se ouvia,
lembrando-nos todo dia,
da benção que recebíamos.
Que saudade do meu rincão,
quando voltava do roçado,
a lenha no fogão crepitando,
o cheirinho do toucinho no feijão,
para mim banquete dos deuses.
Que saudade do meu rincão,
tão simples era minha casinha,
mas sempre muito limpinha,
ali a paz era constante,
sempre muito aconchegante.
Que saudade do meu rincão!
Ah! Esta cidade de pedra,
cimentou os corações,
aqui não se ouve os pássaros,
nem o sussurrar do rio,
a paz nos é roubada,
pelo desalmado,
que sua alma vendeu,
para a máquina opressora,
destes irmãos meus.
Luconi
30-07-2012
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